terça-feira, 27 de agosto de 2013

POR QUE A IGREJA DEVE ORAR?

A oração é a maior força que atua na terra. Orar é conectar o altar com o trono, é unir a fraqueza humana à onipotência divina. É entrar na sala do trono e falar com aquele que tem as rédeas da história em suas mãos. Sendo Deus soberano, escolheu agir na história por meio das orações do seu povo. A oração move o braço daquele que governa o universo. Nada é impossível para oração feita a Deus, em nome de Jesus, no poder do Espírito, porque nada é impossível para Deus. Tudo quanto Deus pode fazer, pode ser alcançado pela oração. Uma igreja de joelhos tem mais poder do que um exército. Destacaremos três pontos para nossa reflexão.

Em primeiro lugar, pela oração Deus traz grandes livramentos ao seu povo. Israel estava no cativeiro, debaixo da chibata dos egípcios, com os pés no barro e as costas esfoladas. O povo clamou a Deus e Deus viu, ouviu e desceu para libertá-lo da escravidão. Pedro estava preso, na prisão máxima de Herodes, sob forte vigilância de escolta policial, aguardando o final da Páscoa para ser executado. Havia, porém, oração incessante da igreja em seu favor. Deus enviou seu anjo para despertar Pedro e adormecer os guardas. A situação se inverteu: Pedro foi solto e Herodes foi morto. Quando a igreja ora, os céus se movem, a igreja é fortalecida e os inimigos são desbaratados.

Em segundo lugar, pela oração Deus cura os enfermos. Deus perdoa todas as nossas iniquidades e sara todas as enfermidades. Ele é o Jeová Rafá, o Deus que nos cura. Para ele não há causa demasiadamente difícil. Portanto, a última palavra não é da medicina, mas de Deus. Assim como Jesus, em seu ministério terreno, levantou os paralíticos, curou os cegos e purificou os leprosos, assim também, hoje, ele cura os enfermos em resposta às orações da igreja. Devemos nos aproximar de Deus como o leproso aproximou-se de Jesus: "Senhor, se tu quiseres, tu podes purificar-me". Deus pode tudo quanto ele quer. Para ele não há doença incurável nem causa perdida. Por isso, os apóstolos oraram pelos enfermos. Os pais da igreja oraram pelos enfermos. Os reformadores oraram pelos enfermos. Os avivalistas oraram pelos enfermos. Nós, também, precisamos orar pelos enfermos, pois a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará.

Em terceiro lugar, pela oração Deus fortalece sua igreja com poder. Os grandes reavivamentos espirituais aconteceram em resposta às orações da igreja. O derramamento do Espírito é sempre precedido pela oração e vem em resposta às orações. O Espírito Santo desceu sobre Jesus no rio Jordão quando ele estava orando. O Espírito Santo foi derramado no Pentecostes quando a igreja perseverava unânime em oração. O poder de Deus vem pela oração. Sem oração não há poder. Sem oração a pregação não produz vida. Os apóstolos entenderam que deveriam se consagrar à oração e ao ministério da Palavra. Oração e Palavra precisam caminhar juntas. Precisamos ter luz na mente e fogo no coração. Não basta apenas proferir a Palavra de Deus, é preciso ser boca de Deus. Não basta conhecer a respeito de Deus, é preciso ter intimidade com Deus. Sem oração os púlpitos serão fracos e infrutíferos. A pregação é lógica em fogo. O pregador precisa arder. Precisa pregar no poder do Espírito e em plena convicção. O apóstolo Paulo disse que a sua palavra e a sua pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder. Que a igreja se desperte para oração e que por meio da oração humilde, fervorosa e perseverante, as torrentes do Espírito caiam sobre nós, trazendo restauração para a igreja e salvação para os perdidos.

Rev. Hernandes Dias Lopes

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O COMPROMISSO COM O TESTEMUNHO DO EVANGELHO

O apóstolo Paulo menciona três disposições inabaláveis do seu coração em relação ao evangelho: "Eu estou pronto" (Rm 1.14); "eu sou devedor" (Rm 1.15) e "eu não me envergonho" (Rm 1.16). Temos aqui três verdades: A obrigação do evangelho: "sou devedor"; a dedicação ao evangelho: "estou pronto"; e a inspiração do evangelho: "não me envergonho". Vamos examinar esses três compromissos com o evangelho.

Em primeiro lugar, eu estou pronto a pregar o Evangelho (Rm 1.14). A demora de Paulo em ir a Roma não era falta de desejo do apóstolo, mas impedimentos circunstanciais alheios à sua vontade. Esse atraso, na verdade, enquadra-se no sábio arbítrio de Deus, pois resultou na escrita desta epístola, que tem merecido o encômio de ser "o principal livro do Novo Testamento e o evangelho perfeito". Paulo sempre esteve pronto a pregar. Ele pregava em prisão e em liberdade; nas sinagogas e nas cortes; nos lares e nas praças. Pregava em pobreza ou com fartura. Ele chegou a dizer: "ai de mim, se não pregar o evangelho" (1Co 9.16). Pregar o evangelho era a razão da sua vida.

Em segundo lugar, eu sou devedor do Evangelho (1.15). Há duas maneiras de alguém se endividar. A primeira é emprestando dinheiro de alguém; a segunda é quando alguém nos dá dinheiro para uma terceira pessoa. É no segundo caso que Paulo se refere aqui. Deus havia confiado o evangelho a Paulo como um tesouro que ele tinha que entregar em Roma e no mundo inteiro. Ele não podia reter esse tesouro. Ele precisava entregá-lo com fidelidade. Deus nos confiou sua Palavra. Ele nos entregou um tesouro. Precisamos ir e anunciar. Sonegar o evangelho é como um crime de apropriação indébita. O evangelho não é para ser retido, mas para ser proclamado. Ninguém pode reivindicar o monopólio do evangelho. A boa nova de Deus é para ser repartida. É nossa obrigação fazê-la conhecida de outros. Proclamar este evangelho em todo o mundo e a toda criatura não é questão de sentimento ou preferência; é uma obrigação moral; é um dever sagrado.

Em terceiro lugar, eu não me envergonho do Evangelho (1.16). Paulo se gloria no evangelho e considera alta honra proclamá-lo. Ao considerarmos, porém, todos os fatores que circundavam o apóstolo, nós poderíamos perguntar: Por que Paulo seria tentado a envergonhar-se do evangelho ao planejar sua viagem para Roma? Porque o evangelho era identificado com um carpinteiro judeu que fora crucificado. Porque naquela época como ainda hoje os sábios do mundo nutriam desprezo pelo evangelho.

Porque o evangelho, centralizado na cruz de Cristo, era visto com desdém tanto pelos judeus como pelos gentios. Porque pelo evangelho Paulo já havia enfrentado muitas dificuldades. Porém, a despeito dessas e outras razões, Paulo pode afirmar, com entusiasmo: "Porque não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16).

Hoje há três grupos bem distintos: Primeiro, aqueles que se envergonham do evangelho. Segundo, aqueles que são a vergonha do evangelho. Terceiro, aqueles que não se envergonham do evangelho. Em quais desses grupos você se enquadra? Qual tem sido o seu compromisso com a proclamação do evangelho? Que Deus desperte sua igreja, para que como um exército poderoso, cheio do Espírito Santo, se levante para proclamar com fidelidade o evangelho da graça. Pregar outro evangelho ou sonegar o evangelho é um grave pecado; porém, anunciar o evangelho, é o maior de todos os privilégios!

Rev. Hernandes Dias Lopes


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

LAÇOS

Há 26 textos na Bíblia contendo a palavra laço. Um bom exemplo de laço está em Apocalipse 2:14, que diz: "No entanto, tenho contra você algumas coisas: você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas (laços) contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual".

Balaque, Rei de Moabe, sugerido pelo profeta Balaão, armou laços contra os jovens israelitas, fazendo com que suas moças atraísse os israelitas e o envolvessem sexualmente, e também, juntamente com elas prestassem culto ao seu deus. Vinte e quatro mil jovens israelitas morreram nessa ocasião.

Laços envolvendo famílias


Adão e Eva: O Primeiro e o maior laço envolvendo família se deu no primeiro núcleo familiar, no Éden. O maligno conseguiu plantar no coração daquele casal a semente da soberba, do orgulho, da arrogância. Adão e Eva pensavam que podia saber tanto, a ponto de serem iguais a Deus. Toda descendência adâmica foi danificada por causa disso; (leia o capítulo 3 de Gênesis).

Abraão e Sara: Deus prometeu um filho a Abraão e Sara. Impacientes com a demora, concordaram que este filho nascesse de Hagar, uma egípcia escrava de Sara; assim nasceu Ismael. Até hoje os filhos de Ismael tem problema de relacionamento com os filhos de Isaque; ambos são filhos de Abraão e brigam pela herança.

Isaque e Rebeca: O mal relacionamento entre eles fez com que Isaque reservasse a primogenitura para Esaú, mesmo sabendo que Deus determinou que fosse para Jacó.

Davi e Bate-Seba: Enquanto o Exército de Israel estava em plena guerra, Davi permanecia no conforto do seu palácio. Numa tarde ele veio para o terraço e avistou Bate-Seba, esposa de Urias, se banhando em um lago próximo ao palácio; Davi caiu em grande laço: 1º A concupiscência dos olhos; 2º A concupiscência da carne; 3º A soberba da vida; (leia 1 João 2: 16). Isto trouxe problemas seríssimos para sua vida, para sua missão como rei de Israel e para sua descendência.

Laços através dos séculos: Até os dias de hoje, em cada família tem sempre um estória que diz respeito a laços.

Os laços envolvendo a primeira família, deu legalidade para o maligno envolver as demais famílias com seus malditos laços, mas quando isto aconteceu, lá no Éden, Deus prometeu diante do primeiro casal, um salvador, que é Cristo Jesus (Gênesis 3:15). Aqueles que são do Senhor, estão guardados no esconderijo do Altíssimo, que é Cristo (Colossenses 3:3). Esses estão protegidos contra o laço do passarinheiro, mesmo que sejam tentados e caiam, o Espírito de Deus não os deixará prostrado. A palavra de Deus diz: "Ele os livrará do laço do passarinheiro (...) Como um pássaro escapamos do laço do passarinheiro (o laço do inimigo); o laço foi quebrado e nós escapamos. O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra" (salmo 91:3; 124:7-8).

Adolpho





 

domingo, 4 de agosto de 2013

O COMPROMISSO COM O EVANGELHO DA GRAÇA

O apóstolo Paulo foi levantado por Deus para ser o maior teólogo, o maior missionário e o maior plantador de igrejas da história do cristianismo. Ele foi um desbravador do evangelho, um bandeirante do cristianismo, um embaixador de Cristo, um arauto do Rei dos reis. Plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor. Por sua influência, igrejas se espalharam em todo o mundo Oriental e Ocidental. Sua conversão foi um grande milagre, sua vida foi uma grande cruzada em favor da evangelização e sua morte foi uma profunda demonstração de coragem.
Quando Paulo despediu-se dos presbíteros de Éfeso, fez um dos mais belos discursos de sua carreira. Com palavras eloquentes, desafiou os líderes daquela igreja a assumirem um compromisso solene com Deus, com a Palavra e com a igreja. Para encorajá-los, deu seu próprio testemunho, como segue: "Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus" (At 20.24). No texto em apreço, três verdades são destacadas:


Em primeiro lugar; o ministério não é conquistado por mérito, mas recebido por graça. "… o ministério que recebi do Senhor Jesus…". Paulo foi um homem vocacionado. Foi chamado por Cristo para desempenhar o ministério. Ele não se auto-intitulou apóstolo. Ele não colocou-se num pedestal de liderança nem acendeu os holofotes sobre si mesmo. Sua vocação foi celestial. Ele ouviu a voz divina e a obedeceu. O líder cristão é também um homem vocacionado. É o Espírito Santo quem constitui líderes na igreja. Embora o episcopado pode ser desejado pelo homem, o chamado é divino. Embora a igreja escolha seus líderes, é Jesus quem chama a si os que ele mesmo quer para apascentar suas ovelhas e anunciar as boas novas de salvação.


Em segundo lugar; o ministério não é plataforma de privilégios, mas uma arena de renúncia. "Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo…". A liderança cristã exige renúncia. Ser um líder cristão é abraçar uma sacrossanta carreira, uma excelente obra. Mas, não uma obra de engrandecimento pessoal. Ser grande é ser pequeno. Ser líder é ser servo. Ser o maior é ser servo de todos. Paulo enfrentou toda sorte de provações no exercício do seu ministério. Foi perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém, esquecido em Tarso, apedrejado em Listra, açoitado em Filipos, escorraçado de Tessalônica e Beréia, chamado de tagarela em Atenas e de impostor em Corinto. Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém, foi acusado em Cesaréia, foi picado por uma cobra em Malta e foi preso em Roma. Suportou cadeias e açoites. Foi fustigado com varas e apedrejado. Mesmo em face da morte, não considerou sua vida preciosa para si mesmo. A abnegação e não a megalomania foi o apanágio de sua vida.


Em terceiro lugar; o ministério é regido por um ideal mais alto do que a própria vida. "… para testemunhar o evangelho da graça de Deus". Quando o ideal é maior do que a vida, vale a pena dar a vida pelo ideal. Testemunhar o evangelho da graça era o grande vetor da vida de Paulo. Ele respirava o evangelho. Vivia pelo evangelho. Estava pronto a se sacrificar e a morrer pelo evangelho. Nenhuma outra motivação governava sua vida. Não buscava grandeza para si mesmo. Não cobiçava ouro nem prata. Não buscava para si riquezas nem fama. Mesmo sofrendo ameaças e passando parte de sua vida encarcerado, jamais perdeu o entusiasmo de viver nem o senso de urgência de proclamar o evangelho. Considerava-se prisioneiro de Cristo e embaixador em cadeias. Mesmo diante das mais terríveis adversidades, Paulo tinha o coração ardente, os pés velozes e os lábios abertos para proclamar Cristo, a essência do evangelho.

Pr. Hernandes Dias Lopes

LAR, LUGAR DE RESTAURAÇÃO

"Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados" (1 Pedro 4: 8).

O lar não deve ser um campo de batalha que mata os seus feridos, mas um hospital que cura os enfermos. A família é o lugar onde aqueles que caíram podem se levantar. É o cenário onde o perdão triunfa sobre a mágoa e a reconciliação prevalece sobre a hostilidade. Há muitas famílias em crise, muitos casamentos desfeitos e muitos lares destroçados.

Assistimos, com lágrimas nos olhos, pais se revoltando contra os filhos e filhos matando seus pais. Coisas estão substituindo relacionamentos e a avareza está destronando o amor. Não podemos concordar com essa marcha inglória. O lar não pode ser o território da mágoa e da indiferença; das brigas raivosas ou do silêncio gelado. O lar precisa ser um paraíso na terra, um jardim no deserto e uma antessala do céu.

O lar precisa ser um canteiro fértil onde floresça o amor que cura e restaura, que perdoa e esquece, que abençoa e celebra. O lar é o lugar onde choramos nossas dores e celebramos nossas vitórias. O lar é o lugar onde somos amados não apenas por causa das nossas vitórias, mas apesar dos nossos fracassos.
Senhor, reconheço que tenho perdido as esperanças de assistir à reconstrução de minha família. Mas a tua palavra realimenta a minha fé e renova minhas forças! Em nome de Jesus. Amém.

Texto de Hernandes Dias Lopes

Extraído do Livreto Cada Dia - ref. maio/2013