Escrito por Pastor Alejandro Bullón
Fonte: www.ministeriobullon.com
1. NÃO LEVAR A SÉRIO OS VOTOS CONJUGAIS QUE FIZERAM NO DIA DO PACTO. “Prometo te amar em qualquer circunstância até que a morte nos separe.”
2. PERMITIR QUE A FAMILIARIDADE GERE O DESRESPEITO. Um dos desafios no casamento, é manter o espírito romântico e a gentileza como quando os dois ainda eram namorados. Você ainda faz surpresas agradáveis para o seu cônjuge?
3. NÃO RECONHECER OS PRÓPRIOS ERROS E SEMPRE TRANSFERIR A CULPA PARA OUTRO. Quando o marido e a mulher não reconhecem os próprios erros, cada um constrói um inferno para o outro. Podemos chamar isso de suicídio conjugal. Lembre-se, o desejo de mudar é uma grande prova de amor. Quem mais se esforça para que o seu casamento seja cada dia melhor?
4. NÃO TER UM CONSELHEIRO. A Bíblia diz no livro de Provérbios que na multidão de conselheiros há segurança. Um conselho sábio pode livrar o casamento de uma tragédia. Qual foi a ultima vez que você procurou alguém para pedir um conselho sobre uma questão relevante sobre o seu casamento?
5. IGNORAR O VALOR DA MESA DE JANTAR COMO LUGAR DE ENCONTRO E COMUNHNÃO. Os casais levam a sério a importância da mesa de jantar e desligam a TV, o computador e o telefone quando estão fazendo suas refeições, vivem melhor e são mais felizes. É comum na sua casa todos sentarem à mesa na hora das refeições?
6. NÃO PRÁTICAR O DIÁLOGO SEXUAL COM A FREQUÊNCIA NECESSÁRIA. Em qualquer área da vida, tudo o que é demais, não é bom. Porém, quando recebemos menos do que precisamos, é prejudicial. É um perigo quando o marido ou a esposa sempre sai de casa com uma carência crônica por falta de diálogo sexual. A frequência com que vocês praticam o diálogo sexual tem sido o suficiente?
7. VIVER UMA VIDA CONJUGAL DE FACHADA. A insatisfação pode livrar qualquer casal de um casamento sem graça. Sempre é possível melhorar, depende da atitude de cada um. O segredo não é encontrar a pessoa certa, mas ser a pessoa certa dentro do casamento. Você está vivendo o que demonstra para as pessoas?
Responda com sinceridade, qual a nota você daria para o seu casamento hoje? De 0 a 10.
Raiva é um sentimento normal, que nos ajuda a nos proteger. Há maneiras ruins e boas para a saúde de a experimentarmos.
Raiva é um sentimento normal. Sentir raiva cabe em certas circunstâncias. Mas para algumas pessoas é difícil ter consciência da raiva porque elas temem senti-la, expressá-la e o que pode resultar disto? Serão rejeitadas?
Uma criança pode ter sentido raiva justa de um familiar, e pode ter decidido não verbalizá-la porque pode ter aprendido, erradamente, que sentir raiva é feio, ou é errado. Se quando ela precisava expressar raiva, seu pai ou mãe a impedia de fazer isto, mandando calar a boca, ou retirar-se para o quarto sem dar chance da criança falar, ela pode ter nutrido a ideia de que estava errada e culpada por sentir raiva, enquanto que este sentimento naquele momento era uma reação sadia e válida para o tipo de injustiça praticada pelo familiar. Ela pode crescer revoltada e baterá de frente com qualquer figura de autoridade, ou se tornará uma pessoa vítima de abusos repetidos por não saber se defender.
O que causa repressão doentia da raiva não é só devido ao fato do pai ou mãe terem castrado a expressão deste sentimento pela criança. Aquela criança pode ter nascido com um padrão de funcionamento que a fazia engolir a emoção, mais do que expressá-la. Algumas crianças enfrentam, enquanto que outras se encolhem, diante de atitudes, equilibradas ou não, dos pais.
Então, há dois fatores que contribuem para o surgimento na vida adulta de problemas emocionais: primeiro, a atitude costumeira dos pais lidarem com a criança, e, segundo, a atitude da criança em resposta ao que os pais faziam com ela. Podemos acrescentar um terceiro fator, o genético, ou seja, a criança ter nascido com predisposição para um tipo de resposta emocional, que pode ser bem diferente da do seu irmão ou irmã.
Um exemplo: um menino muito contido desde pequeno, sempre abaixava a cabeça quando confrontado pelos pais, assumia postura reconciliadora, de não conflito, de obediência cega, sem questionar nada, mesmo quando os pais eram abusivos com ele (gritando, dando castigo injusto, exigentes demais, depreciando os ganhos dele, etc.). O garoto reprimia sempre a raiva que sentia. Reprimir é diferente de suprimir. Ao reprimir, não sabemos que temos a emoção. Ela vai direto para o inconsciente, sem passar claramente pela consciência. Suprimir é diferente, pois sabemos o que sentimos, só que decidimos não expressar.Este menino se tornou uma "bomba relógio", com tanta repressão da raiva, que surge quando somos violados em algum direito nosso, quando alguém é abusivo contra nós. Ela pode nos proteger, pois colocamos limites movidos por ela. Mas como se proteger, se você sempre nega a raiva que pode estar inconsciente?
Há diferentes modos da raiva surgir, quando reprimida. Uma delas é somatizando. Somatizar significa viver uma emoção através do corpo. Pode ser hipertensão, dor nas costas, manchas vermelhas na pele, etc. Pode ser também a depressão. Em alguns casos de depressão há raiva voltada contra a própria pessoa, voltada para dentro dela. Não estou dizendo que sempre a depressão tem uma raiva por detrás. Mas a raiva reprimida produz depressão em alguns indivíduos porque a mensagem da depressão nestes casos é: “Por que fui gostar de alguém que não me ama como eu queria?” Daí a pessoa se ataca e deprime.
A raiva também pode surgir como pânico. Geralmente, a pessoa descreve este ataque assim: "Fui tomado por uma emoção que me fazia sentir que iria morrer; fiquei apavorado, nunca havia sentido este tipo de coisa!"
Uma esposa pode estar deixando a raiva inconsciente sair ao sempre queimar a roupa do marido, ao usar o ferro de passar. Outro pode viver se machucando ao bater parte do corpo em móveis em casa ou no trabalho. Uma esposa pode dizer: "Amo muito meu marido, mas não sinto desejo sexual por ele há anos. Mas não tenho raiva dele." Ela pode ter raiva reprimida que escapa no sintoma sexual.
Expressar a raiva é saudável desde que feita de maneira equilibrada. Pessoas que vivem soltando palavrões no trânsito por besteiras (ou não) que outros motoristas fazem, ainda não conseguem viver a raiva com equilíbrio. Um texto bíblico diz: "Irai-vos, e não pequeis." Efésios 4:26, e significa que o desafio é ter a emoção consciente, expressá-la adequadamente, e não ser dominado por ela.
Quando seu filho(a) sentir raiva, ajude-o(a) a falar dela. Seja humilde e não se coloque como vítima. Se a criança expressar de maneira exagerada, você pode ensiná-la a fazer isto de uma maneira melhor. Pode dizer-lhe: “Você tem o direito de sentir este sentimento, mas não tem o direito de expressar desta maneira (explique qual)!”. Seja empático para com o sentimento da criança, como você gostaria que fossem empáticos com os seus sentimentos. Ser empático significa se colocar no lugar da pessoa e imaginar como você se sentiria naquela situação. Isto pode mudar muito a maneira como você lidará com a pessoa e com a raiva.
Fonte: www.portalnatural.com.br
Como resgatar sua fé durante a caminhada cristã
Durante a caminhada da vida há momentos em que as cores passam a alternar apenas entre tons opacos e sombrios. O que antes despertava paixão, agora parece um fardo. O que encantava o coração torna-se um peso. A alegria é substituída pela apatia, o ardor pela dúvida, a disposição pela desesperança.
Há diversas causas para o desânimo profundo, tanto as biológicas quanto as emocionais e espirituais. Há aqueles que perdem o sabor pela vida a partir das tragédias que se abatem sobre seus dias. A perda de um parente, o desemprego que chega, o casamento que se desfez ou o filho que parece não voltar. Outros perdem a alegria devido a gatilhos mais biológicos, de enfermidades físicas prolongadas ou crises de ansiedade, estresse, depressão e síndromes que teimam em permanecer. Há também os que se encontram desanimados pelo próprio distanciamento do Pai. A vida devocional e os assuntos do Alto já não fazem parte de sua rotina. Não há tempo para orar, ler a Palavra ou cultuar a Deus. O resultado, cedo ou tarde, é o sofrimento e o desânimo da alma.
Um dos cenários bíblicos mais angustiantes que aparenta total exaustão e profundo desânimo se passa com Davi. O desfecho foi surpreendente e o que aconteceu com ele pode acontecer conosco.
Davi é um exemplo de inscontância humana como talvez nenhum outro personagem na Palavra. Foi guerreiro implacável e na força de Deus derrotou o gigante Filisteu. Por outro lado adulterou com Bate-Seba e traiu Urias, um de seus leais soldados. Reconstruiu Jerusalém que passou a ser chamada cidade de Davi, porém magoou seus filhos e foi um desastre como pai. Era temente ao Senhor e foi chamado homem segundo o coração de Deus, entretanto, em sua família houve incesto, assassinato, mentiras e traição. Talvez a inconstância tenha sido uma das principais marcas da trajetória deste servo de Deus.
Entre montanhas e vales ele chegou a um dia, dentre tantos, que o tomou por completo e exaustivo desânimo. No retorno de uma cansativa batalha, ele encontrou Ziclague, a cidade que habitava, saqueada e destruída. Todas as mulheres e crianças haviam sido levadas cativas. A cidade era um monturo de cinzas. Seus homens e amigos leais, agora amargurados, falavam em apedrejá-lo. E ali se encontra Davi, caído, sem consolo e esperança vendo suas forças faltarem. Não apenas forças físicas, mas as forças da alma. Talvez tenha sido um dos raros momentos em sua história que ele se enxerga sem ação.
Mas algo inesperado acontece com aquele homem caído. Diz a Palavra que “Davi se reanimou no Senhor seu Deus”. Esta frase, encontrada no primeiro livro de Samuel, capítulo 30, verso 6, revela-nos uma das mais poderosas ações de Deus na vida de seus filhos: levantar-nos quando tudo parece perdido; abrir o caminho quando não sabemos para onde ir; dar-nos perseverança quando a vontade é parar.
O que mais me intriga é que este “reânimo” veio absolutamente do Senhor, pois não havia ali elementos de esperança. Seu coração fraquejou, seus amigos lhe faltaram, as forças físicas estavam consumidas. Porém, ali, ele “se reanimou no Senhor seu Deus”.
E, reanimado, se levantou. Davi perseguiu os amalequitas com alguns de seus homens, tomou de volta as mulheres e crianças e ainda o despojo que partilhou entre todos. Reconstruiu a cidade e habitou nela. Recuperou o respeito de seus homens com o brilho de quem um dia iria reinar sobre todo Israel.
O reânimo é uma experiência íntima e profunda, que se passa de forma diferente na caminhada de cada um. Se os cenários de nossas vidas são distintos, bem como aquilo que nos abate, a fonte do nosso reânimo é a mesma: o Senhor nosso Deus.
Percebo que os conflitos relacionais e a crítica interpessoal são dois frequentes causadores de profundo abatimento de espírito. Perante estes, muitos gigantes da fé já foram nocauteados e perderam o fôlego. Se é este o seu caso talvez você se sinta, de alguma forma, como Davi naquele dia. Após voltar de uma batalha em que lutou lado a lado com seus homens, e juntos prevaleceram, agora estes falam em apredrejar-lhe. A crítica possui a capacidade de gerar ansiedade crônica na alma humana. Se não for tratada, ela passa a ser o seu último pensamento ao dormir e o primeiro ao acordar. Ela faz o seu coração disparar perante a simples lembrança do comentário que foi lançado contra você. Talvez um dos instrumentos de maior abatimento nas relações humanas seja, justamente, a crítica. Perante ela há uma escolha – infeliz – de alimentar o rancor no coração e jamais se esquecer. Isto o levará a uma trilha na qual você perderá a brandura e o amor. Você não será mais o mesmo. A outra escolha – feliz – é de entregar ao Senhor aquilo que você não pode resolver, responder ou apagar... e descansar. A reação do Alto será a mesma que visitou Moisés no deserto, Elias na caverna e Davi em Ziclague: Deus o reanimará.
É preciso lembrar que o Senhor nos criou com corações ensináveis. Assim, devemos sempre nos lembrar daquilo que nos traz esperança. A esperança cura a alma e prepara o espírito para o que Deus fará. Podemos a cada dia orar pedindo que nossa vida não se torne um poço de ressentimentos, que não fiquemos para sempre caídos, que o desânimo – seja físico, emocional ou espiritual – não nos derrote. Podemos rogar que aquilo que - de forma fantástica - aconteceu com Davi em Ziclague, aconteça também conosco: sermos reanimados pelo Senhor nosso Deus!
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Ronaldo Lidório, doutor em antropologia, é missionário da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais e da Missão AMEM.
Fonte: www.creio.com.br