quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O FILHO PRÓDIGO E SUA RECONCILIAÇÃO COM O PAI




Nas palavras simples de Jesus há ensinamentos profundos. O Pai nesta parábola nunca havia desistido deste seu filho rebelde. O filho fez sua trajetória pelo mundo, passando pela frustração da perda de tudo o que tinha; depois passou pela humilhação e a fome. O pai, contudo, o perdoou e restituiu-lhe tudo o que ele havia perdido, bem como todos os seus direitos de filho.
O mesmo procedimento tem o Senhor com aquele que sai do mundanismo e se põe a caminho de regresso ao Pai. O Senhor diz: “... Com amor eterno te amei; com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
O filho pródigo totalmente sem jeito e envergonhado, quis falar ao pai tudo o que havia proposto em seu coração, para que o pai o recebesse como um de seus servos. As palavras daquele filho, porém, foram sufocadas num abraço e num ósculo emocionante do pai. Nesse dia, o dia da reconciliação, aquele filho recebeu de seu pai quatro coisas importantes:
ROUPAS NOVAS: “Tragam a melhor roupa e vistam nele...” Após um bom banho, para tirar a sujeira do mundanismo, o filho recebe roupas novas, num claro recado de Cristo mostrando a necessidade de despir-se do velho homem e vestir-se do novo (Efésios 4:22-24).
ANEL NO DEDO: “Coloquem um anel em seu dedo”. Anel é sinal de autoridade. Agora, aquele filho não era mais dominado; pelo contrário, tinha domínio sobre a sua vida.
CALÇADO PARA OS PÉS: “Coloquem calçado em seus pés”. Pés descalços eram próprios dos escravos. Aquele filho havia deixado a escravidão.
BANQUETE DE HONRA: “Tragam o novilho gordo e matem-no; vamos fazer uma festa...” A participação entorno de uma mesa farta, diz respeito a intimidade do filho com o pai.
É assim que nosso Pai celestial vai nos receber. “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Coríntios 2:9).
Com esta mensagem, encerrando a série sobre a “Parábola do Filho Pródigo”, quero citar o texto da Bíblia, onde Deus através de seus servos, os mensageiros do Evangelho, faz um forte apelo para que todos se conciliem com ele: “Tudo isso provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio. Por amor de Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se com Deus”.  Na realidade Deus não desiste de nós.

Amado Pai celestial! Todos nós andávamos como ovelhas desgarradas, trilhando caminhos errados, fazendo coisas abomináveis aos teus olhos. No entanto, naquela cruz, tu fizeste cair sobre teu amado Filho, todos os nossos pecados. Assim, pudemos ser perdoados e reconciliados contigo, bem como, restaurado nossa posição de filhos. Com nossa gratidão, oramos em nome de Jesus.
Adolpho Salgado

sábado, 26 de janeiro de 2013

O FILHO PRÓDIGO E SEU REGRESSO À CASA DO PAI


 
 “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus servos” (Lucas 15:18-19).

Quando o filho pródigo separou-se de seu pai, sua alma estava cheia de orgulho. A soberba era exaltada em seu coração. Assim que ele saiu da casa do pai ele começou a perder: Perdeu o convívio amoroso junto ao pai, perdeu a moral deixando que a sensualidade e todo tipo de pecado alcançasse o seu coração.  Perdeu, por fim, a herança do pai pela qual ele lutou tanto; perdeu a dignidade.
O filho pródigo, agora, estava cercado pela humilhação, já não tinha nada de si; então assumiu a posição de servo; “Trata-me como um dos teus servos”.
Os textos,( Efésios 1:3-5 e Gênesis 3:1-24), faz com que nós nos identifiquemos com o filho pródigo, pois essas mensagens parece nos mostrar que, antes que a vida humana fosse manifestada no Jardim do Éden, pelas mãos do Senhor, nós já existíamos no coração de Deus, como seus filhos, em Cristo Jesus. No entanto, Adão e Eva, os primeiros seres humanos, receberam a semente do egoísmo, do orgulho, da soberba, que foi plantada pelo maligno em seus corações, com isso resolveram que não mais precisavam do seu Criador. Esta semente foi brotando em cada pessoa, em cada família, de geração em geração. A Bíblia diz: “Corromperam-se contra Deus; já não são seus filhos, (...) geração perversa e depravada é” (Deuteronômio 32:5)
Daí a necessidade da presença de Cristo Jesus entre nós para nos salvar, e assim, garantir nossa posição de filho, junto ao Pai. Em Cristo Jesus recebemos o direito de sermos filhos de Deus; aí começamos o nosso regresso para Deus, o Pai. (confira João 1:12-13)
Todavia, na caminhada de regresso à casa do Pai, é preciso que cada um de nós seja despojado de tudo e aceite a posição de servo. Jesus mesmo nos deu o seu exemplo, pois ele deixou o esplendor de sua glória e nasceu entre nós como servo, e como servo foi obediente até a morte, e morte de cruz. (confira Filipenses 2:5-11)
Então, se quisermos alcançar assento com Cristo, nas regiões celestiais, junto ao Pai, precisamos antes, negar a nós mesmos, renunciarmos a tudo que temos e seguir a Cristo na sua caminhada para o calvário e lá deixarmos a nossa velha criatura. (confira Marcos 8:34; Lucas 14:33)

Amado Pai celestial! Os portais da graça foram abertos, desde que ouvimos a respeito do Evangelho de Cristo, seu amado Filho, e o aceitamos como Salvador e Senhor. Estamos trilhando o caminho deslumbrante que nos leva a ti. No entanto, precisamos muito da tua graça protetora para não sairmos da posição de servo. Ajuda-nos, em nome de Jesus.
Adolpho Salgado

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O FILHO PRÓDIGO, SEU RECONHECIMENTO, ARREPENDIMENTO E DECISÃO




A perda de tudo o que tinha, a humilhação e a necessidade extrema, ajudaram o filho pródigo a reconhecer que estava trilhando caminho totalmente errado, em direção totalmente contrária. “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz a morte” (Provérbios 14:12).
Agora brota do fundo do coração do filho pródigo um sentimento de arrependimento profundo, como acontece para aqueles que se afasta da presença de Deus, o Pai. A Bíblia diz: “Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor...” (Joel 2:13).
O filho pródigo estava como alguém numa encruzilhada, tendo a sua frente dois caminhos: O caminho de morte e destruição total e o caminho de volta à casa paterna, onde até os servos da casa gozava de bem estar e muita fartura. “Assim diz o Senhor: Ponham-se nas encruzilhadas e olhem; perguntem pelos caminhos antigos, perguntem pelo bom caminho. Sigam-no e acharão descanso” (Jeremias 6:16). O filho pródigo decide voltar à casa do pai. “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai...   (Lucas  15:18).
Quando ele saiu de casa, saiu como filho; embora rebelde. Ele se perdeu no mundanismo, mas no coração do pai ele continuava como filho. Aquele que é filho sempre volta.
A experiência amarga do filho pródigo mostra a experiência de todo àquele que sai da presença de Deus. Há muito que aprender com essa parábola!

Amado Pai celestial! Como está escrito, o teu espírito comunica com o meu espírito, testificando que sou teu filho. No entanto como criança em Cristo, levada ainda por uma natureza rebelde, deixei a tua presença e experimentei perdas, humilhação e dificuldades; decidi-me, então, voltar a ti. Com teu amor eterno e a tua paciência comigo, tu me transformaste em um filho que está sempre na tua presença, pronto para servir. Com minha gratidão oro a ti, em nome de Jesus. Amém.

Adolpho Salgado 

sábado, 19 de janeiro de 2013

O FILHO PRÓDIGO, SUA HUMILHAÇÃO E SUA LUTA CONTRA A FOME



 Acabaram-se os recursos financeiros; cessaram também os prazeres oferecidos pelo mundanismo. O filho pródigo entra agora num período de humilhação. “Pois aquele que a si mesmo se exalta será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23:12).
+ O filho pródigo e sua humilhação: “Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade” (Lucas 15:14). O povo de Israel, após alguns séculos vivendo no Egito, conformou-se com a sociedade egípcia, absorvendo tudo o que o Egito oferecia e que era abominável aos olhos de Deus. No tempo de Deus os filhos de Israel foram libertos da escravidão do Egito. Deus os tirou do Egito, agora precisava tirar o Egito, do coração e da alma deles. O povo de Israel entrou num processo de humilhação a fim de aprender a permanecer na total dependência de Deus. “Lembrem-se de como o Senhor, o seu Deus,  os conduziu no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não. Assim ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar-lhes que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Deuteronômio 8:2-3).
Nosso Pai celestial permite que passemos pela humilhação para poder falar à nossa alma. O período de humilhação, sob a supervisão de Deus, não tem como objetivo destruir, mas libertar, curar e restaurar.
+ O filho pródigo e sua luta contra a fome: “Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos” (Lucas 15:15).
Não havendo mais nenhum recurso financeiro e estando com muita fome, só restou ao filho pródigo, aceitar como trabalho o cuidar de porcos numa fazenda. Diz o texto que, ele chegou a ter vontade de comer a ração dos porcos, mas ninguém lhe dava.
A carência física refletia num vazio doído no estômago. No entanto, o vazio maior, com certeza, estava em sua alma. Um vazio que só podia ser preenchido com a presença do pai que ele havia rejeitado há anos atrás. Todo sofrimento cessou, quando o filho pródigo decidiu voltar ao lar paterno.
Todas as pessoas que saem da presença de Deus tentam, por algum tempo, defender a idéia da auto-suficiência. No entanto, quando sentem um vazio na alma, o vazio de Deus, esse vazio é preenchido com vícios e outros meios. Assim, eles são destruídos cada dia, até decidirem-se voltar para Deus, que supre todas as nossas necessidades. “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus” (Filipenses 4:19).

 Amado Pai de bondade infinita! Reconheço que foi através de momentos de humilhação na minha vida que tu me ensinaste a obedecer e me deleitar na tua palavra. Como numa terra seca e cansada, minha alma teve sede da tua presença, daí achei o caminho de volta.  Hoje, mais do que em outros tempos, minha alma se regozija da tua presença. Graças te dou, Pai, em nome de Jesus.

Adolpho Salgado

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O FILHO PRÓDIGO E AS CONSEQUÊNCIAS DA SEPARAÇÃO




A saída do filho pródigo da casa do pai trouxe-lhe várias conseqüências indesejáveis, como por exemplo:
+ A SENSUALIDADE: “... Ali viveu uma vida cheia de pecado...” (Lucas 15:13). Considerando que o pai nesta parábola representa Deus, podemos afirmar com certeza que, aquele que sai da presença de Deus torna-se uma alma indefesa e, tentado pelos seus próprios desejos, é seduzido e arrastado como escravo do pecado.
+ DESTRUIÇÃO ESPIRITUAL: “... o filho pródigo já havia gastado tudo...” (Lucas 15:14). Este texto sinaliza que o filho pródigo havia caído de vez no mundanismo. As obras da carne eram patentes em sua alma, em estado de morte espiritual. A imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, e muitas coisas mais, abomináveis aos olhos de Deus, era o que fazia parte de sua vida.
Aquele que sai da presença de Deus e cai numa situação dessas, certamente tem vontade de pedir que a escuridão o esconda e que em volta dele só existam trevas; mas isso de nada adianta porque para Deus, o Pai, a escuridão não é escura, e a noite é tão clara como o dia.
Deus está em todos os lugares e sabe todas as coisas. Ninguém consegue fugir da face de Deus. Aquele pai da parábola representa o Pai celestial que está atento a tudo, e espera que seu filho rebelde vença a crise, decidindo pela volta à casa paterna.

Oremos: Pai de amor e de misericórdia! Aprendemos na tua palavra que o homem que endurece o seu coração acaba saindo da tua presença e atraindo maldição sobre si; por isso é feliz, muito feliz, aquele que continuamento teme o teu nome. Que nossa vida, no seio da Igreja, e no seio da nossa família, seja exortando uns aos outros para não sairmos da tua presença, a fim de não enfrentarmos o engano do pecado. Oramos em nome de Jesus.
Adolpho Salgado