No Capítulo 15 do Evangelho, segundo Lucas, há três
parábolas que apontam para esta verdade: Deus não desiste de nós.
A primeira parábola
(Lucas 15:4-7) diz respeito ao pastor que perdeu a sua ovelha. Ele tinha
cem ovelhas e uma delas se desviou do rebanho. Desviou-se porque deixou de
ouvir a voz do seu pastor e isto sinaliza rebeldia. Considerando o valor das
cem ovelhas juntas, esta que se desviou era de pouco valor, mas o pastor deixou
no aprisco as noventa e nove e saiu em busca daquela ovelha que se havia
perdida. Quando a encontrou põe nos seus ombros alegremente e volta para o
aprisco.
Nessa parábola quem é o pastor? Jesus diz: “Eu sou o bom
pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11). O bom pastor é
Jesus; a ovelha perdida representa cada um de nós.
Na segunda parábola
(Lucas 15:8-10) Jesus falou da mulher que perdeu a sua dracma. Uma dracma
valia menos que um denário, uma moeda de pouco valor. No entanto uma lâmpada
foi acesa para que a dracma fosse encontrada; e quando isto aconteceu houve
grande regozijo. Nesta parábola a lâmpada que se acendeu representa o Espírito
Santo; a Bíblia diz: “Esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que
Deus é luz, e nele não há trevas” (1 João 1:5). O Espírito de Deus traz a luz
de Deus. Aquela dracma, tão simples e sem valor, somos nós, eu e você,
beneficiados pelo imensurável amor de Deus.
Na terceira parábola
(Lucas 15:11-24) Jesus conta a história de um pai que perdeu o seu filho.
Aquele filho era muito ingrato, obrigou o seu pai a lhe dar a herança que lhe
cabia por direito. Uma herança só é dividida entre os filhos quando o pai
morre.
Recebendo esta herança aquele filho enveredou-se pelos
atalhos do mundo, numa jornada cheia de frustração e sofrimento. O pai nesta
parábola representa Deus, o Pai celestial, que pelo seu grande amor atraiu o
filho pródigo, que nesta parábola representa cada um de nós. Está escrito: “Com
amor eterno te amei; com benignidade te atraí; atraí-os com cordas humanas, com
cordas de amor” (Jeremias 31:3; Oséias 11:4). Eis nestas três parábolas uma
grande verdade: Deus não desiste de nós.
Adolpho Salgado
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