terça-feira, 13 de janeiro de 2015

REPARADORES DE BRECHAS

“Então eu lhes disse: Bem vedes vós a aflição em que estamos: Jerusalém está em ruínas, e as sua portas queimadas a fogo. Vinde, reedifiquemos os muros de Jerusalém para que não estejamos mais em opróbrio” (Neemias 2:17).

Por causa do pecado as famílias de Jerusalém foram levadas cativas para Babilônia, ficando ali um remanescente. Setenta anos depois os judeus começaram a voltar do cativeiro.
Neemias era judeu, descendente de uma dessas famílias que moravam em Jerusalém, e que também havia sido levada cativa. Quando o povo judeu começou a voltar para Jerusalém, Neemias era mordomo do rei da Pérsia.
Neemias, através de seu irmão Hanani, ficou sabendo do estado de miséria que as famílias de Jerusalém se encontravam. Os muros de Jerusalém estavam cheios de grandes fendas, brechas por onde entravam os inimigos, que roubavam tudo o que era plantado e causava danos às famílias. O opróbrio, a vergonha, tomou conta do coração daquele povo.
Tenho comigo que Neemias estava bem familiarizado com as palavras de Deus pelo ministério profético de Isaías, quando diz: ”os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados, e levantarás os fundamentos de geração em geração; chamar-te-ão reparador de brechas...” (Isaías 58:12). Neemias chora, ora e jejua por muitos dias, e Deus lhe mostrou que estava no controle de tudo.
O rei da Pérsia deu a Neemias todo recurso necessário para que os muros de Jerusalém fossem reparados. Então, Neemias convoca os pais de família para restaurarem os seus muros de defesa, confiante em Deus e sem medo de seus inimigos.
Assim como nos tempos de Neemias, o Senhor quer que nos dias de hoje, nossas famílias sejam fortalecidas e estejam em total segurança. Deus nos convida hoje para observarmos a situação em que se encontram as nossas famílias; as famílias que formam nossa sociedade, a nossa cidade, a nossa nação.
Na sua maioria, elas se encontram em miséria moral e espiritual. Nossa luta não é contra pessoas, e sim, contra as forças espirituais da maldade (Efésios 6:12) que vai estendendo seu domínio cada vez mais (1João 5:19).
Deus nos convida hoje para restaurarmos as nossas defesas, reparando todas as brechas, libertando nossas famílias das mãos dos inimigos, e dando a elas a devida segurança.
Afinal, quais são essas brechas pelas quais nossos inimigos entram e nos escraviza, nos nossos dias?
Quando queremos resolver nossos problemas sem ajuda de Deus, posicionando como quem sabe muito bem o que é certo e o que é errado, alimentando-se e dependendo do fruto de uma ciência sem Deus, aí está uma grande brecha. Precisamos compreender que nossa casa precisa ser casa de oração.
Quando o casal briga, e nenhum dos cônjuges pede perdão ou libera perdão, aí está outra grande brecha, porque ambos carregam no coração, ferida que não foi curada.
A falta de perdão deixa as pessoas nas mãos de atormentadores (Mateus 18:35), e pior que estamos levando nossos filhos aos mesmos procedimentos. Estamos com isso criando brechas na nossa cerca espiritual de proteção; estamos dando legalidade aos inimigos para agirem. (leia, por favor, Isaias 5:1-6 e lembre-se que nós somos a vinha do Senhor, o amado da nossa alma). Podemos acrescentar aqui muitas outras brechas.
Precisamos tomar cuidado para não deixar Jesus do lado de fora da nossa casa. As palavras do Senhor Jesus: “eis que estou à porta e bato” (Apocalipse 3:20), foram ditas às famílias de uma igreja local, a igreja de Laudiceia. (leia a carta toda, em Apocalipse 3:14-22).
Se quisermos levar a nossa família a uma vida de vitória, é preciso colocar os inimigos para correr, tapar todas as brechas existentes no nosso sistema de defesa espiritual, e escancarar a porta do nosso lar para que o Senhor Jesus entre e seja o centro de nossas vidas.

Adolpho Salgado

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