sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fechando as Brechas 003




A NECESSIDADE DE PERDOAR

"Ef.4:32 - Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo"

Deus insiste para que perdoemos as ofensas que recebemos. Quais ofensas? - Todas as ofensas devem ser perdoadas, mesmo que se repitam as ofensas contra nós. "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete” - Mt.18:21-22.
Porque Deus insiste tanto para perdoarmos? Porque quando somos ofendidos ficamos ressentidos guardando sentimentos negativos; aí, vem a ira, a amargura no coração. Abrimos, assim, brechas para o inimigo agir contra nós. Nossa comunhão com Deus fica prejudicada.
No texto de Mt.18:15-17, Cristo nos ensina que devemos perdoar as ofensas de todo coração. Como o irmão que nos ofendeu está com sua alma ferida, e portanto, sujeito às armadilhas do diabo, agora, sem nenhum ressentimento devemos ir até ele com a finalidade de admoestá-lo ao arrependimento e a busca do perdão. Devemos agir assim não para exigir justiça a nosso favor, mas porque nós o amamos e queremos ajudá-lo na restauração da comunhão.
Lembrem-se que quando a comunhão entre dois irmãos é cortada, também está cortado o relacionamento de ambos com Deus.
Cuidando de famílias tenho encontrado algumas que apresentam problemas sérios de doenças, vícios, crise demoníaca e outros impedimentos, que causam aflições e sofrimento. Jejuns e orações não surtem efeitos.
Em muitos desses casos que tenho acompanhado, quando busco resposta para tal transtorno, aprofundando-me no aconselhamento, percebo que o relacionamento entre os membros dessas famílias é difícil, embora desapercebido, porque eles escondem as feridas aberta na alma por falta de perdão.
Em Mt.18:21-35 encontramos Jesus contando a Parábola do Servo Impiedoso. Trata-se de um rei que resolveu acertar contas com um de seus servidores que lhe devia dez mil talentos. Considerando que o salário diário de um trabalhador era de uma dragma, e que um talento era igual a seis mil dragmas; considerando, ainda, que a dívida daquele servidor era dez mil talentos, vê-se aí, que essa dívida era impagável. Foi assim que Jesus colocou a situação daquele servo.
A parábola ainda diz que aquele servidor do rei estava na iminência de juntamente com sua família, ser vendido como escravo para pagar aquela dívida. No entanto aquele rei cheio de íntima compaixão, perdoou toda aquela dívida, livrando aquele servo e sua família da escravidão.
A parábola diz mais: Aquele servo que foi favorecido pelo rei, saindo encontrou com seu companheiro, e este lhe devia uma dragma. Agarrando-o, fê-lo sofrer obrigando a pagar tudo o que devia.
O rei sabendo disso chamou aquele servo, de coração impiedoso, o qual fora beneficiado com perdão de tão grande dívida, e tendo tornado sem efeito aquele perdão, deixou-o nas mãos de atormentadores.
O desfecho desta parábola merece destaque: Vs.35 "Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão".
Quando Deus criou a primeira família ele derramou sobre aquele primeiro casal e toda a sua descendência uma benção cheia do seu eterno amor. Aquela família, porém, um belo dia, encheu-se de orgulho e soberba, dando ouvido a satanás. Assim, desprezou o seu Criador. Essa grande ofensa é a grande dívida que o homem contraiu com Deus, nosso criador. Em Dt. 32:5 encontramos: “Corromperam-se contra ele...geraçao perversa e torcida é.." ; mas graças a Deus que está escrito: "Porque Deus amou o mundo, de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha vida eterna”. Jo3:16. A ofensa, tão grande ofensa, que trouxe maldição sobre todas as famílias da terra caiu sobre Cristo naquela cruz. Leia Is. 53:3-5 e 2Co. 5:18-20.
Diante desse ato de amor tão grande do nosso Criador, para livrar da maldição eterna todas as famílias da terra (...”em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Gn.12:3b"), será que ainda vamos permanecer com o nosso coração endurecido e incompassivo diante de alguma ofensa?
Lembrem-se! Quando não perdoamos as ofensas contra nós e continuamos irredutíveis, vamos atrair aflições e sofrimentos; e Deus não pode fazer mais nada por nós, enquanto não perdoarmos.
Quando Estevão, um discípulo de Cristo, dos tempos dos apóstolos, estava sendo apedrejado ele perdoou aqueles que o apedrejavam: "Enquanto apedrejavam Estevão, ele orava: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Então caiu de joelho e bradou: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu”. - At. 7:59-60. Quem comandou esse apedrejamento foi Saulo (Apóstolo Paulo antes da conversão). Você já imaginou se Estevão não o perdoasse?
“Jesus estava naquela cruz, tão desfigurado pela tortura. O profeta Isaias o viu como quem não tinha parecer nem formosura...era desprezado e mais indígno entre os homens...como um de quem os homens escondiam o rosto” Is.53:2-3". O texto de Mt. 27:45 afirma que do meio dia até as três horas da tarde, hora em que Jesus morreu, houve trevas em toda terra.

As vezes penso, que Deus providenciou isso para que as pessoas não observassem o quanto horrendo ficou o Senhor. E, foi nessas condições que Jesus bradou: "Pai, perdoa-lhes...". Você já imaginou se Jesus não liberasse perdão? O perdão nos liberta do jugo. Pense nisto e perdoe sempre.

Seu irmão em Cristo
Pr Adolpho Salgado

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