O que somos como pessoa,
humanamente, tem que ver com três coisas: (1)genética, (2)fatores ligados aos
primeiros anos de nossa infância quanto à maneira como nossa família funcionou
em torno de nós e em relação a nós, e (3)nossa sensibilidade pessoal ou nossa
vulnerabilidade, a maneira como reagimos ao ambiente.
Cientistas atualmente dizem
que possivelmente em torno de 35% do que somos é genético. Alguns falam que 45%
à 50% do comportamento é herdado. Mas eles também dizem que genética não é
condenação, mas sim propensão. Por exemplo, uma mãe com depressão não passa a
doença depressão para seus filhos, mas transmite uma possibilidade maior de
algum filho ter depressão. Então, genética não é tudo, mas ela é muito
importante. Por isso, parte da luta humana quanto às doenças tem que ver não só
com o estilo de vida, mas com a herança genética. E quanto à essa herança somos
bem impotentes.
Além da genética, que tem
que ver com o DNA, com o genoma humano, há o fenômeno fantástico chamado
“epigenética”. Neurocientistas verificam que fatores ambientais influem de modo
muito importante e às vezes determinantemente sobre os genes (compostos de DNA)
devido à epigenética. Parece que a genética propõe, enquanto que a epigenética
dispõe. Ou seja, parece que a epigenética faz a genética ser alterada,
adaptada, ativada, desativada ou expressada, em função de fatores ambientais,
incluindo o tipo de pensamento que nutrimos em nossa mente! Por isso a genética
não é condenação, já que, por exemplo, em termos de comportamento e influências
emocionais da infância sobre nossa vida adulta, mais importante do que nossos
pais fizeram com a gente, é o que fazemos com o que eles fizeram.
Interessante que os membros
dos grupos de AA- Alcoólicos Anônimos, falam, usando um dos 12 Passos para a
recuperação do alcoolismo, que “Viemos a acreditar que um Poder Superior
poderia nos devolver à sanidade.” Se você que está lendo essa matéria precisa
de cura interior, emocional, espiritual, se precisa de sanidade, e há uma
genética que “joga contra” porque talvez você tenha tido pai, mãe, avô, avó,
tio, tia, com algum transtorno mental, e você mesmo(a) sofre algo parecido com
o que algum deles (ou vários) sofreram, pense que suas atitudes agora, nesse
momento da vida, influenciarão a expressão genética para a saúde ou para a
doença. E isto tem que ver com o que você mais pensa, como lida com suas
emoções, o tipo de comida que ingere, a qualidade do ar que respira, como
funciona em seus relacionamentos, a fé que tem ou não tem, etc. A genética não
irá forçar você a ser o que não quer ser.
Nossa mente depende do
cérebro. Nosso cérebro é o órgão da mente. Pensamentos, sentimentos, tudo
isso é biológico, portanto, depende de células, de química, de
eletricidade, de sangue. E uma boa qualidade de sangue depende do que comemos,
do que bebemos, etc. A comida que você ingere cada dia, o tipo de bebida que
toma diariamente, ajuda ou prejudica seu cérebro?
O que vem primeiro, o ôvo
ou a galinha, ou seja, problemas de relacionamento ou atitudes mentais como
pensar negativamente, são o que altera a bioquímica cerebral, ou alterações na
bioquímica cerebral é que produzem problemas de relacionamento e o pensar e
sentir negativos (angústia, depressão…)? É tudo muito junto. E se considerarmos
a dimensão espiritual, onde começa a dimensão psicológica e termina a
espiritual e vice-versa, na causa dos sofrimentos humanos? Até que ponto os
crimes bárbaros que os noticiários apresentam, incluindo corrupção, tem que ver
só com o problema emocional, psicológico, psiquiátrico e até que ponto vão além
disso e entram no campo do conflito espiritual entre o bem e o mal, dentro de
cada um de nós e em torno de nós? Será que é tudo só psicológico?
Lembre-se: se há fatores
genéticos ruins nos seus familiares de origem que pressionam sua vida, seu
jeito de ser, para pior, as escolhas que você faz cada dia para cuidar de seu
corpo, de seus pensamentos, de suas emoções, e de sua espiritualidade, podem
ser decisivas para que a expressão ruim do gene domine ou não. Saúde física,
mental e espiritual tem muito que ver com nossas escolhas.
Extraído do: Portalnatural.com.br
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