segunda-feira, 3 de agosto de 2015

CUIDADO E RELACIONAMENTO NO AMIBIENTE DAS CÉLULAS



CUIDADO E RELACIONAMENTO NO AMBIENTE DAS CÉLULAS
Carta pastoral

Texto de Leila Paes: Pastora líder da base de adoração da Rede de Igrejas da Cidade

Deus escolheu que fôssemos uma igreja grande, e Ele tem razões para isso. O Senhor deseja que tenhamos voz, para trazer algumas coisas da parte de Dele para a nossa nação e para o seu povo. Assim, temos buscado cumprir esse papel, com a liderança do Pai, enquanto continuamos a crescer.
Enquanto crescemos, queremos fazê-lo de modo sustentável, e como o Pai deseja. Para isso, estamos trabalhando com nossa Rede de Células, para crescermos nesse modo: cuidando. Deus planejou o cuidado para ser de pessoa a pessoa – pessoas precisam de pessoas. Por isso, temos as células, onde podemos desenvolver relacionamentos de cuidado, uns aos outros. Mesmo com a força dos ministérios e outros relacionamentos, é apenas na célula que uma igreja grande consegue gerar unidade, cuidado, pastoreio e discipulado. Estamos nos esforçando para termos uma rede de células viva e pulsante, cheia da vida de Deus.
Vamos falar de algumas premissas para esse cuidado. Primeiro, quero observar que cuidar não é controlar. Quando cuidamos de bebês, nós “controlamos” tudo – onde dorme, o que come e o que veste. Como líderes, às vezes, tentamos isso. Tentamos dizer para a pessoa o que ela tem que fazer, aonde ir e o que falar, e esperamos “obediência”. Não foi isso que Deus planejou para os relacionamentos na igreja e em célula. Quando cuidamos de pessoas que já não são mais bebês, esse cuidado se transforma em possibilitar que a vida de Deus aconteça na vida dessa pessoa – não controlar. Para isso, precisamos aprender a viver na graça de Deus. A graça é esse presente imerecido, um dom de Deus, que pode fazer com que uma pessoa se torne livre de dores e de problemas que têm carregado talvez uma vida inteira. Além disso, a graça não só cura do passado como nos proporciona viver o futuro que Deus tem para nós.
O Reino de Deus se manifesta na Terra também por meio da graça, é como ele pode ser percebido e vivido. Essa realidade forma um ambiente que tem sido chamado de “a cultura da honra”, no qual se acredita no que Deus fez: homens e mulheres capazes de ser expressão da imagem do Senhor na Terra. É basicamente acreditar nas pessoas, no seu potencial em Deus, estendendo a oportunidade para que elas sejam o que o Pai escolheu que fossem: filhos amados, redimidos, restaurados e perfeitos, expressando a glória de Dele até nos detalhes da vida.
Nós precisamos aprender a reconhecer quem as pessoas são. Em primeiro lugar, elas não são o pecado que cometem. São pessoas por quem Jesus morreu na cruz, e podem se tornar filhos restaurados. Elas não devem carregar a marca do pecado, mas a marca da cruz. É assim que precisamos enxerga-las. Quantas vezes marcamos uma pessoa pelos seus atos, e somos literalmente impedidos de manifestar graça a essa pessoa com base no que ela fez. Assim, impedimos que uma restauração e reabilitação aconteçam. Neste ambiente, o que procura trazer o céu à Terra, olhamos para as pessoas sob a ótica de Deus, e não pela nossa. Desta forma, não recebemos mais as pessoas sob os nomes de “irado”, “rebelde” e “drogado”, mas com os nomes de “filho livre” e “filho da luz”, nomes que o Senhor dá e não que a vida imprime. Então, a vida fluirá por meio da honra.
Como líderes, isso faz toda a diferença. Ver as pessoas como Deus as vê (curadas, restauradas, libertas, produtivas, cheias de potencial etc.) e irá nos capacitar para liberar essas pessoas para a vida de Deus. Elas não são bebês, que precisam de orientação e controle a cada detalhe da vida, mas são pessoas que têm capacidades incríveis, têm um relacionamento com o Espírito Santo de Deus, que podem ouvi-Lo e seguir a Sua orientação, podem amar como Deus ama e trabalhar como Ele trabalha.
Pessoas nos ferem, traem e entristecem, mas continuam sendo alvo do amor de Deus e capazes de trilhar o caminho da restauração. Assim, não podemos nos prender ao que elas fizeram, mas ao que Deus tem para elas. Liberamos perdão e acreditamos no que Deus tem para cada uma. Com sabedoria e em paz, fazemos fluir a vida do Pai amoroso sobre cada vida. Essa é a cultura do céu que queremos viver em nossa igreja e em cada célula, ministério ou oportunidade.
Quando buscamos e trazemos toda a maneira de ser de Deus para nossos relacionamentos, vencemos as limitações que a maneira de ser humano nos impõe. Não respondemos mais na maneira naturalmente humana, com amargura ou rancor e falta de misericórdia ou descrença, mas vivemos em esperança – a esperança divina. “E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos 5:5).
Em cada célula, vamos ajudar cada filho amado de Deus a ouvir e perceber o que o Pai está pedindo de cada um deles. Não é nossa tarefa controlá-los, mas mostrar o caminho do Senhor e perguntar: “O que você vai fazer”? Trazemos a luz do céu aos nossos relacionamentos, a luz do Pai que tudo deixa claro, e não temos medo do pecado. O pecado não pode dar as regras de como nos relacionamos e como vemos as pessoas, mas, sim, o amor de Deus! Pense nisso, permita que o Espírito Santo o leve a liberar as pessoas a viver a graça de Deus. Seja você mesmo livre para se perceber tão amado e precioso quanto Deus o fez para ser. “Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra” (2 Coríntios 9:8).
Fonte: Revista “FELIZCIDADE”, Ano VIII, nº 30, páginas 6 E 7 – Editora Inspire.

Nenhum comentário:

Postar um comentário