Vigiar (Hb. tsaphah), significa observar ao longe, manter guarda para identificar algum perigo que possa estar se aproximando.
Quando começou o período da ditadura militar no Brasil, em 1964, eu era militar e fazia parte de uma equipe de guarda do quartel. Lembro-me que estávamos sempre de "sobre-aviso". A noite quando podíamos dormir um pouco, não nos era permitido nem tirar o coturno dos pés; e dormíamos abraçado a uma metralhadora.
O apóstolo Pedro diz aos jovens: "Estejam alertas e vigiem. O diabo, o inimigo de vocês, anda ao derredor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar" (1 Pedro 5: 8). Ele mesmo, Pedro, havia aprendido à duras penas, o quanto devemos estar sempre vigilante. Ele estava no Getsêmani, na ocasião em que Jesus foi preso. Acompanhado de João e Tiago, ele estava bem próximo ao Mestre, que orava intensamente, pedindo ao Pai que afastasse dele aquele cálice de sofrimento, mas, que abria mão de seus privilégios para fazer a vontade daquele que o havia enviado para aquele momento. Pedro ouviu bem quando Jesus disse: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo. No entanto, Pedro foi surpreendido por Jesus; ele foi encontrado dormindo. Certamente, quando ele admoestava os jovens no que diz respeito à vigilância, ele estava lembrando das palavras de Jesus, naquela ocasião: "Pedro, você não pode vigiar comigo nem por uma hora? Vigiem e orem para que não caiam em tentação (Mateus 26: 36-41).
Os jovens devem lembrar sempre da admoestação de Pedro, sabendo que nossa luta não é contra pessoas e sim contra as forças espirituais da maldade (Efésios6:12). Contra essas forças do mal devemos usar as armas que o Senhor preparou para nós: a oração, a Palavra de Deus e a constante vigilância.
Adolpho
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