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Jesus,
o bom pastor, contou uma parábola imortal, falando do pastor que foi buscar a
centésima ovelha, e depois de achá-la festejou seu resgate e alegrou-se com
seus amigos. Essa parábola enseja-nos três preciosas lições:
Em
primeiro lugar, a ovelha perdeu-se porque se afastou do rebanho. A ovelha é um animal míope, inseguro, indefeso e
também rebelde. Ela não pode proteger-se contra os predadores. Ela não tem um
bom senso de direção. Sua segurança está em ficar perto do pastor e junto do
rebanho. Sempre que se desgarra e se afasta da companhia das outras ovelhas,
está sujeita a cair e ferir-se. A figura da ovelha é sugestiva. Não é por
acaso que Jesus viu os homens aflitos como ovelhas sem pastor. Mesmo depois
de convertidos somos ovelhas. Não podemos caminhar fiados em nossa própria
força. Dependemos de Deus e uns dos outros. Não podemos nos afastar da
congregação. Não é seguro viver isolado do rebanho.
Em
segundo lugar, o pastor não desistiu da ovelha pelo fato de ela ter se
afastado do rebanho. O
pastor poderia ter encontrado justificativas plausíveis para abandonar a
ovelha perdida à sua própria sorte. Talvez, o pastor já tivesse alertado
aquela ovelha sobre os perigos da solidão. Talvez, algumas vezes, o pastor já
tivesse flagrado aquela ovelha se distanciando do rebanho e caminhando na
direção de lugares perigosos. Talvez o pastor pudesse alegrar-se com o fato
de que tinha ainda em segurança noventa e nove ovelhas que estavam debaixo do
seu cuidado e proteção. O pastor não discutiu as razões da queda da ovelha.
Ele foi buscá-la. Ele enfrentou riscos para resgatá-la. Ele não desistiu dela
e não voltou para o aprisco até trazê-la em seus braços. Precisamos ter o
mesmo empenho na restauração daqueles que se afastaram. Precisamos demonstrar
pressa para resgatar aqueles que caíram. Precisamos amar aqueles que
desobedeceram e se desviaram. Precisamos amá-los e trazê-los de volta ao
rebanho de Cristo.
Em
terceiro lugar, o pastor festejou a recuperação da ovelha perdida. O pastor não esmagou a ovelha com seu cajado ao
encontrá-la; ele a tomou em seus braços. Ele não a mandou embora por ter lhe
criado problemas; ele a carregou no colo. Ele não se aborreceu com o preço do
resgate; ele festejou com seus amigos a restauração da ovelha perdida.
Precisamos não apenas ir buscar a centésima ovelha, mas precisamos nos
alegrar com sua restauração. Há festa nos céus por um pecador que se
arrepende. A igreja é lugar de vida e restauração. A igreja é lugar de cura e
perdão. A igreja é lugar de aceitação e reconciliação. A igreja é lugar de
disciplina e recomeço. A disciplina é um ato responsável de amor. A
disciplina visa à proteção do rebanho e a recuperação da centésima ovelha.
Não basta nos alegrarmos com as ovelhas que estão em segurança no aprisco;
devemos buscar a centésima ovelha que se dispersou. O Senhor Deus perdoou
Davi e o restaurou depois de seu adultério com Bate-Seba. Jesus foi ao
encontro de Pedro depois de sua queda para lhe restaurar a alma. Paulo
ordenou à igreja de Corinto a perdoar o irmão faltoso, que havia se
arrependido. Nós, de igual modo, devemos ir buscar aqueles que outrora
estiveram conosco e hoje estão distantes. Essas pessoas devem ser alvos da
nossa oração e do nosso cuidado pastoral. Não devemos descansar até vê-las
restauradas por Deus e reintegradas em seu rebanho.
Escrito
por Rev.Hernandes Dias Lopes
Fonte: www.lpc.org.br
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
A CENTÉSIMA OVELHA
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