A
ÚLTIMA PÁSCOA COM OS DISCÍPULOS
Jesus,
vindo de Betânia onde foi lhe oferecido um jantar, no qual participou também os
irmãos Lázaro, Marta e Maria, voltou à Jerusalém, passando ali os seus últimos
dias na terra.
Entre
os acontecimentos antes de sua prisão destacamos a última ceia de páscoa,
ocasião em que foi instituída a Santa Ceia.
Naqueles
dias o povo judeu estava comemorando a Festa da Páscoa, que era realizada todos
os anos para lembrar a saída dos filhos de Israel do Egito, onde eles estavam
escravizados.
Naquela
ocasião, lá no Egito, Deus havia ordenado a Moisés para que cada família
separasse para si um cordeiro, “um cordeiro para cada família”. Naquele dia
histórico, o dia do êxodo, em cada lar o cordeiro deveria ser sacrificado, à
tarde. O sangue do cordeiro deveria ser passado no batente da porta de cada
casa, pois uma grande mortandade ia acontecer em todo Egito. Por ordem de Deus,
o lar marcado com o sangue do cordeiro não seria atingido por essa praga.
Tudo
aconteceu como o Senhor havia determinado, e naquela mesma noite, os filhos de
Israel saíram do Egito. Em cada ano o povo de Israel comemorava a páscoa, para
lembrar esses feitos de Deus a fim de libertá-lo do cativeiro egípcio, e, em
cada páscoa os cordeirinhos eram sacrificados.
Jesus
estava ali no cenáculo com seus discípulos, para a ceia da páscoa. Quando, na
beira do Rio Jordão, ele foi apresentado por João Batista, a uma multidão,
assim João disse: “Este é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Todos
os cordeiros sacrificados por ocasião da páscoa eram, simplesmente, um tipo de
Cristo. E Cristo estava presente naquela ceia, e o seu tempo havia chegado. Por
isso ele, tomando o pão como sinal do seu corpo e o vinho como sinal do seu
sangue, identificou-se como o cordeiro da páscoa e fez a oferta de sua própria
vida dizendo: “Isto é o meu corpo que é dado por vocês; isto é o meu sangue
derramado para perdão dos pecados de todos”. No dia seguinte, logo de manhã, lá
estava Jesus a caminho do sacrifício, com seu corpo dilacerado pelos açoites.
Ele foi duramente oprimido, mas como um cordeiro sendo levado ao matadouro, ele
não abriu a sua boca.
Como
mandamento de Cristo, tomamos o pão e o vinho como sinal do corpo e do sangue
de Cristo, e realizamos periodicamente a Ceia do Senhor, em memória do
sacrifício de Cristo, a fim de que aquele acontecimento permaneça bem nítido em
nosso coração. Isto nos serve de alimento para nossa alma para não
desfalecermos na fé.
Amados
pais! Ensinem aos seus filhos o verdadeiro sentido da Páscoa e da Ceia do
Senhor, a Santa Ceia que realizamos em memória da morte de Cristo. Com
referência a esta ceia o apóstolo Paulo diz: “Porque, sempre que comerem deste
pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha”
(1 Coríntios 11:26).
Adolpho
Salgado
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