No
meu ministério com famílias encontrei muitos lares, onde a paz não encontrou o
seu lugar; onde a semente da angústia, da revolta, do descontentamento, da
amargura de alma, floresce como erva daninha.
O
apóstolo João no fim da sua vida, quando exilado na Ilha de Patmos, escrevendo
o Livro do Apocalipse, narra uma cena que os pais de família deveriam meditar
sobre ela. Ela mostra Jesus batendo em uma porta e dizendo: “Eis que eu estou à
porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa
e com ele cearei, e ele, comigo” (Apocalipse 3:20).
Alguém
transformou este versículo num quadro muito bem pintado, onde mostra a porta de
uma casa, e Jesus do lado de fora, insistindo para entrar. O pintor fez questão
de mostrar que a porta não tinha maçaneta do lado de fora. A porta deveria ser
aberta pelo pai de família.
Jesus
é o príncipe da paz (Isaias 9:6). O lar onde o príncipe da paz está do lado de
fora, fica sujeito às forças espirituais da maldade. Os membros da família
nunca vão abrir a boca para pedir perdão e liberar perdão, e esse lar continua
sob o domínio das trevas.
A
Bíblia diz que, na cruz, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não lhes imputando os seus pecados. Deus amou tanto a humanidade, mesmo
corrompida e pecadora, que deu seu amado Filho para morrer naquela cruz, atraindo
sobre si os pecados de todos nós. Para Deus nos perdoar, sem, contudo violar a
sua justiça, esta foi a solução. Está escrito: “E, quando vós estáveis mortos
nos pecados (...) vos vivificou juntamente com ele(Cristo), perdoando-vos todas
as ofensas, havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças
(...), e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Colossenses 2:13-14).
Diante desse esforço divino, a fim de perdoar os nossos pecados, não tem mais
nada a fazer para aqueles que insistem em não pedir perdão e nem liberar
perdão. Esses, como diz Jesus (Mateus 18:35), ficarão sujeitos a verdugos ou
atormentadores, até aprenderem.
Lutemos
pela paz em nossos lares. Pais ensinem aos seus filhos que, perdoar é preciso.
Adolpho
Salgado
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