Já
se tornou folclórico associar sogra a problema, confusão, desentendimento. O
parentesco entre sogra e nora é um mito e originou lendas muitas vezes amargas
e desabonadoras, outras vezes divertidas.
No
entanto, sogros e genros também têm suas desavenças. Talvez mais veladas e
camufladas e, por isso, mais complicadas de serem resolvidas.
Mas
o relacionamento difícil entre os sogros, genros e noras não precisa ser um
estigma indelével. Moisés e seu sogro Jetro deixaram um belo exemplo de amizade
e respeito às diferenças individuais entre dois homens que amavam a Deus e o
povo a que pertenciam.
Em
Êxodo 2:15-17, lemos o relato sobre o encontro de Moisés com sua futura esposa,
Zípora, sobre como ele a libertou e as suas irmãs da crueldade de pastores que
não queriam permitir que elas dessem de beber ao rebanho de seu pai na fonte
local. Ao tomar conhecimento do senso de justiça e coragem daquele forasteiro,
que julgava ser egípcio, Jetro desejou conhecê-lo. Percebendo que Moisés amava
sua filha, ele abençoou o casamento dos dois (Êxodo 3:16-22). É preciso lembrar
que Jacó, outro genro citado nas Escrituras e que viveu uma situação semelhante
a de Moisés, não teve a mesma sorte com seu sogro, Labão. Na noite de núpcias,
ele não recebeu a mulher que amava e por quem havia trabalhado durante sete
anos. Sem ver outra saída, foi obrigado a trabalhar mais sete anos pelo dote de
Raquel.
Moisés
e Jetro sabiam que uma amizade não pode ser consistente e duradoura se não
houver confiança irrestrita entre os amigos; e, no que se refere a um
relacionamento familiar saudável, a amizade é fundamental.
Moisés
e Jetro eram amigos e se valorizaram reciprocamente. Mais tarde, a Bíblia
revela a sabedoria de Jetro, quando ele aconselhou Moisés a não tentar fazer tudo
sozinho, mas delegar responsabilidades a outros, ensinando-o, assim, a aplicar
um dos maiores princípios de liderança.
Texto
de Jaime Kemp
Bíblia
da Família – Sociedade Bíblica do Brasil
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